Por que eu estudo e não aprendo? Duas técnicas de estudo que vão otimizar o seu desempenho

As pessoas costumam perguntar como estudar de forma eficiente, sem perder tempo. Na internet, existe bastante conteúdo e material sobre esse assunto, mas tenho percebido que a grande maioria não entrega o que promete, fazendo muitas pessoas desperdiçarem o seu tempo, que já é escasso, com coisas infrutíferas. Antes de minha aprovação, eu senti isso na pele. Perdi horas preciosas estudando de forma errada e é por isso que eu estou aqui: para evitar que você desperdice tempo, afinal, tempo é dinheiro!

Nesse artigo, eu vou te mostrar algumas formas de estudar que me ajudaram nos meus estudos na faculdade, na minha aprovação no CFO e que, com certeza, vão poder te ajudar a obter melhores resultados sem adicionar maior tempo de estudo à sua rotina e, mais importante, SEM DESPEDIÇAR O SEU TEMPO!

1 – Processamento Avançado de Informações

Esta técnica foi criada por um norte-americano chamado Jim Kwik, especialista em memorização, leitura dinâmica e aprendizado. É uma técnica muito simples, mas que faz uma diferença enorme em seus estudos e na quantidade de tempo que você economiza. Para você ter uma ideia, estima-se que estudando por duas horas utilizando esta técnica, você é capaz de reter a quantidade de informação de alguém que estudou por longas 8 horas, ou seja, é uma técnica 4 vezes mais eficiente do que as convencionais. Incrível, não é mesmo?

O segredo dessa técnica é muito simples: FAZER MAIS PERGUNTAS! Se você terminar de ler um artigo, até mesmo este que está lendo agora, uma apostila ou um livro, e você sentir que não lembra do conteúdo, é porque você não fez perguntas o suficiente. Porém, é mais frequente sentir isso quando se lê livros enormes, com grande quantidade de páginas. E vamos ser honestos: este tipo de livro não é tão chamativo e não desperta tanta vontade de ler, não é? Mas calma, não vá sair por aí fazendo perguntas aleatórias e sem critério. Vou te ensinar como fazer as perguntas de forma correta.

Mas acredite, o simples ato de fazer perguntas para você mesmo, aumenta consideravelmente a quantidade de conteúdo que você retém na sua memória. Quando você está lendo sobre um assunto de forma passiva, simplesmente consumindo aquela informação, você está desperdiçando seu tempo. Lembra daquelas longas 6 horas que você desperdiçou? Isso aconteceu porque você estava literalmente digerindo sem questionar. O segredo é estudar de forma ATIVA, sendo participante ativo do processo.  Curiosamente, fazer perguntas é uma das várias formas de estudar ativamente. Em breve faremos um artigo completo detalhando várias técnicas de estudo ativo para você turbinar o seu aprendizado.

Para fazer as perguntas de forma correta, uma excelente estratégia, segundo Jim Kwik, é desenhar uma tabela em uma folha em branco, com duas colunas. Na coluna da esquerda, você pode anotar algo que te chamou a atenção no texto, e na coluna da direita, pode escrever os seus pensamentos e questionamentos sobre aquela nota. Por exemplo, digamos que você está lendo um de nossos artigos e você vê a expressão “revisão espaçada”; se você acha que não sabe o bastante sobre aquilo, essa é a hora perfeita para colocar em prática esse hack mental.

Segundo Kwik, para ser mais efetivo, na coluna da esquerda, você deve colocar basicamente três perguntas. A primeira delas é “Como eu posso usar isso?” Dessa forma você está estabelecendo um link entre aquilo que você acabou de ler e algo que você já sabe. O que acontece é que seu cérebro começa a estabelecer conexões em sua rede neural entre informações que você já tem e as novas informações que está adquirindo, reforçando ambas! Veja que, com essa técnica, você pode reforçar a nova e também a antiga informação.

Assim, será mais fácil encontrar aquela informação nova quando você precisar lembrar dela no futuro, pois ela estará ligada a outra memória. Então, você poderia se perguntar, “como eu posso usar a repetição espaçada?” e, em seguida, dar a resposta à sua pergunta mentalmente, “eu posso revisar o conteúdo utilizando a curva de esquecimento de Ebbinghaus”. Se quiser, pode escrever a resposta numa folha para revisar depois. Conseguiu pegar a ideia?

A segunda pergunta é “Quando eu vou usar isso?” O que essa questão faz é adicionar urgência. Quando a sua prova está distante, talvez daqui a três meses, seis meses, oito meses, a sua leitura tende a ser desatenta, porque você não está realmente engajado – “Mas ainda falta muito tempo. Porque eu preciso aprender isso agora, quando eu posso decorar na véspera da prova?” –  Fala o diabinho que está no seu ombro esquerdo. Não há urgência! A razão inconsciente pela qual muitos estudantes de escolas e faculdades costumam procrastinar e estudar na véspera das provas é porque não há urgência.

Ao questionar quando você vai usar aquela informação, você está adicionando uma “urgência artificial” a ela, porque você realmente tem um prazo para estudar, mas é muito mais fácil de “esquecer” este prazo e entrar num processo de procrastinação, se você tem muito tempo até o dia da prova.

E a terceira questão é “porque eu devo usar isso?” A razão para essa pergunta é simples. Se não existe a palavra “devo”, é porque não existe nada que esteja te “forçando” a fazer aquilo. Uma boa razão porque você deve usar aquela informação, poderia ser a última prova de concurso que você fez, a qual cobrou bastante aquele assunto ou até mesmo um comentário do seu professor, de que aquele assunto vai cair na sua prova da faculdade.

Você pode usar a mesma lógica do exemplo da primeira pergunta para responder as demais. Acredite, isso vai fazer uma diferença gigantesca na quantidade de conteúdo que você irá reter do assunto que você estudou!

2 – Repetição Espaçada

Para te explicar de forma mais simples, a repetição espaçada, trata-se de quando você aprende um conteúdo novo e, algum tempo depois, volta e revisa aquela informação. Até aqui, parece não ter nada de novo, não é? Mas se você não executar a técnica de forma correta, você não vai obter os resultados desejados.

Conheço pessoas que dizem estudar utilizando repetição espaçada, porém não obtêm bons resultados. Ocorre que, na verdade, executam a técnica de forma errada e acabam ficando frustradas, achando que não são capazes de memorizar as informações. Honestamente, é estressante perder horas e horas tentando memorizar um conteúdo, e ainda ficar estressado, na dúvida se vai ou não conseguir lembrar do conteúdo na hora da prova.

A chave da repetição espaçada está em um fenômeno conhecido como Spacing Effect, que foi descrito por Hermann Ebbinghaus, em 1885, descrito em seu livro “Memory: A Contribuition to Experimental Psychology”, que sugere que revisões espaçadas, com aumentos progressivos de intervalos entre as revisões, ajudam seu cérebro a reter informações. Por exemplo, você poderia estudar determinado conteúdo, então revisar 6 horas depois, então 1 dia depois, então 3 dias depois, então 7 dias depois, sempre aumentando os espaços entre as revisões.

A cada revisão, mesmo com o aumento dos intervalos, a tendência é que fique cada vez mais fácil lembrar o conteúdo. Um ponto importante sobre as revisões espaçadas é que você deve ter disciplina e organização para fazer as revisões no tempo e da forma correta, e também com a frequência correta. Em breve, publicaremos outro artigo com dicas sobre como dominar a repetição espaçada de forma simples.

E aí, já conhecia esses hacks incríveis que vão fazer a diferença no seu desempenho nos estudos? Quer mais dicas? Deixe seu comentário abaixo com sugestões de conteúdo para o site ou com dúvidas sobre o conteúdo deste artigo. Ficarei satisfeito em te responder e saber o que está achando do nosso conteúdo!

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